quinta-feira, 1 de maio de 2014

Módulo Homem, pensamento e cultura: abordagem sociológica



CADERNO 3

HOMEM, PENSAMENTO E CULTURA: ABORDAGEM FILOSÓFICA E ANTROPOLÓGICA


1.                  INTRODUÇÃO



                                                       “A educação, mas que processo, é projeto”.
                                                                   Carlos Roberto Jamil Cury






        Este trabalho consiste no relato dos pratiques desenvolvidos e na síntese do CADERNO 3 – Homem, pensamento e cultura: abordagem filosófica e antropológica, do curso Técnico de Formação para os Funcionários da Educação – Pró-funcionário.
        Para a realização do mesmo, contei com a ajuda de alguns alunos e profissionais da educação de minha escola e também de alguns colegas de grupo. No decorrer do estudo do caderno consegui adquirir vários conhecimentos para o meu aprendizado.

UNIDADE 1- DEVIR HUMANO
Reflexão
        Nesta unidade compreendi que o devenir é o mesmo que devir: é a transformação, a mudança, é o tornar-se diferente do que já foi ou que se é.
        A humanidade muda constantemente de acordo como são criadas e inventadas novas condições de existência e de vida.
        Compreendi ainda que cultura é as transformações realizadas por homens e mulheres. Que ao adquiri-la ou produzi-la fazem, chamam e sentem-se humanos.
        A unidade também falou do etnocentrismo e da diversidade cultural. A partir disso pude compreender que existem várias culturas, embora às vezes parecidas, são diferentes umas das outras.
        A escola é o espaço da diversidade reunindo homens e mulheres, crianças e adultos, negros e brancos, alunos, professores e funcionários, todos com o papel de valorizar e respeitar a cultura com e pelas quais diferentes pessoas e grupos sociais se fazem, chamam-se e sentem-se humanos.
        As culturas se transformam de acordo com as inovações que se produzem no devir cultural. Para que aconteçam essas transformações as pessoas devem ter participação nas práticas sociais.
        A escola mesmo sendo uma instituição de ensino, é também um espaço onde homens e mulheres podem construir, desconstruir e reconstruir a cultura.
Pratiques
Você concorda com o que eu disse acima? Se os comportamentos e práticas sociais são plurais, isto é, se existem modos diferentes de organizar e de viver a vida social, podemos dizer que existem diferentes culturas ou apenas uma na qual as pessoas se diferenciam? Se existem diferentes culturas, como se relacionam?
Escreva uma carta ou um e-mail a alguém de quem gosta expressando sua opinião sobre esse problema. Conte o que você pensa sobre a questão e pergunte qual é a opinião dela.
Esta atividade é a primeira para que você possa construir uma noção de cultura e suas relações com a educação e a escola no devir humano. Ao realizá-la, espero que você reflita sobre o problema colocado, com base nos conteúdos estudados até aqui. Para isso, sugiro que, na carta ou no e-mail, você exponha o problema ao seu interlocutor de modo que ele possa entendê-lo bem e dar uma resposta. Para fazer a exposição do problema, é importante que você diga como compreendeu o conceito de cultura e a relação entre cultura e devir humano. Exposto o problema, o último passo é construir argumentos que embasam sua posição sobre o mesmo, isto é, se existem diferentes culturas ou não, se elas podem ou não podem conviver ou se existe uma cultura universal que dá conta da diversidade, por exemplo. Se entender que os conteúdos da disciplina são insuficientes para construir uma posição inicial sobre o problema, procure consultar outras fontes indicadas no “saiba mais”, ao final da unidade, nas referências, ao final do caderno, ou em outras que tenha conhecimento. Importante é que você compreenda bem o problema das relações entre culturas diferentes e tenha elementos para se posicionar diante dele.
        Concordo; Existem várias culturas que se diferenciam na construção da humanidade.
        As diferentes culturas se relacionam convivendo umas com as outras, entrando em conflitos e se diferenciando, lidando com a diversidade sem fazer com que sua cultura seja colocada sobre as demais.
        Enviei um e-mail para a professora Lílian, ela concorda basicamente com o que eu disse acima e relata que a cultura pode ter um significado bem amplo, onde as pessoas fazem, sentem-se e são humanos.
Você já pensou sobre isso? Sobre sua postura em relação àqueles que têm um jeito de viver diferente do seu? Como você se relaciona com os adolescentes ou com as crianças da escola em que trabalha? Você já tentou se colocar no lugar deles para entender como pensam e veem o mundo? Procure fazer isso observando suas práticas e conversando com eles sobre a escola.
Esta atividade deve ajudá-lo a perceber que o modo como você pensa e vive não são únicos e que você pode aprender com os outros. Por outro lado, a atividade é um exercício de observação e de descrição, para que você experimente construir uma ideia sobre a realidade metodicamente, isto é, considerando-a a partir dela, mas não a partir do seu pensamento prévio. O resultado da atividade deve ser um relatório da conversa e das observações com alunos da escola, seguido de uma reflexão comparativa entre o que os alunos pensam sobre a escola e o que você mesmo pensa. O relatório pode ser feito diretamente no memorial ou deve ser anexado a ele.
        Cada um tem seu jeito de viver, sua forma de pensar e de ver o mundo. Aceito as diferenças de todos sem preconceito.
        Tenho um bom relacionamento com os alunos e também com os colegas de trabalho, trato todos bem, como gostaria que eu fosse tratado.
        Já sim, às vezes fico observando o comportamento deles na escola e me lembro da época que eu estudava e tinha a idade deles.
         Eles acham que a escola é um lugar de diversão, onde podem estudar, mas também podem se divertir.
         Penso que a escola é um lugar de interação, onde as pessoas podem descobrir coisas diferentes umas com as outras, é um espaço de socialização.
Você deve estar pensando que, sendo a educação uma forma de transmissão cultural entre os indivíduos, então a cultura não se transforma. Será? Qual é o seu testemunho sobre isso? E o de seus colegas de trabalho? O seu modo de pensar e de viver é o mesmo dos seus pais, por exemplo? Pense na sua história de vida e procure saber da história de mais um ou dois colegas. Lembre-se de que escrever tudo é muito importante. Com esta atividade você poderá refletir sobre um dos aspectos pelos quais a cultura é preservada e transformada por homens e mulheres, quando é transmitida de geração para geração. Ao mesmo tempo, a atividade é um exercício de interpretação da realidade contextual a partir da memória pessoal.
Um tipo de investigação que pode ser usado com outros sujeitos em uma pesquisa antropológica. O resultado da atividade deve ser uma dissertação narrativa na qual você deve contar como se posicionou diante dos seus pais ou pessoas mais velhas relativamente a algum evento polêmico, para que lhe fique explícito de que modo a cultura pode se transformar ou ser preservada, o que deve ajudá-lo a refletir sobre o que acontece na escola na relação entre adultos, adolescentes e crianças.
        As culturas se transformam conforme o contato entre elas e de acordo com as inovações que se produzem no devir cultural. Transformam-se e se preservam de acordo como são ensinadas pelas gerações mais velhas às mais novas. Para que aconteçam essas transformações as pessoas devem ter participação nas práticas sociais.
        Na época que minha mãe era adolescente, os meus “avôs” só a deixava ir a uma festa se ela fosse acompanhada pelos irmãos mais velhos ou de uma pessoa adulta responsável. Já na minha época, quando eu não ia à festa com ela eu ia com minhas amigas da mesma idade que a minha. Assim a cultura foi transformada.
        Mas a cultura se preservou quando a minha mãe me ensinou os valores da igreja me incentivando a frequentar a mesma, assim como ela frequenta.
Considerando o que você investigou até aqui, sobre o devir humano e suas relações com a cultura, com a educação e com a escola, procure descrever suas atividades na escola, para refletir sobre o conceito de humano que as orientam.
Com essa atividade espero que você possa demonstrar que compreendeu o conceito de “devir humano”, isto é, de que homens e mulheres se tornam humanos pelas relações que estabelecem com outros homens e mulheres no contexto cultural e que a escola, como instituição social, busca educar homens e mulheres na humanidade. Assim, aqui você fará o exercício de descrever suas práticas de trabalho na escola, para refletir sobre o conceito de humanidade que as orienta: que tipo de pessoas eu ajudo a educar fazendo o que faço? O resultado da atividade deve ser uma dissertação em que você descreve as principais atividades que realiza na escola, seguido de reflexão crítica sobre o conceito de humano implícito nelas.
        Ao limpar o pátio, estou educando os alunos a não jogar lixo no chão, por mais que o vento sopre folhas, jamais devemos jogar o lixo no chão, este tem que permanecer limpo.
        Ao lavar os banheiros, ensino os alunos a dar descarga e lavar as mãos após usar o sanitário.
        Também fazemos parte do processo educativo. Somos importantes na vida do aluno, apesar de não termos muita consciência desse papel. Eles estão sempre nos solicitando, e ficam felizes quando são bem atendidos. É importante estarmos sempre prontos a servi-los e ajudá-los, dando sempre bons exemplos e estimulando-os a sonharem e acreditarem que são capazes de ter um futuro promissor.
UNIDADE 2– DEVIR HUMANO, LINGUAGEM E EDUCAÇÃO
Reflexão
        Nesta unidade pude compreender a importância da linguagem, para o devir humano e para homens e mulheres se relacionarem, possibilitando contato uns com os outros, na educação geral e na educação escolar.
       Com a linguagem podemos dar significado às coisas e aos acontecimentos, expressar sentimentos, pensamentos e emoções. Também podemos entender e nos desentender. A linguagem é um sistema simbólico, criado culturalmente.
        É na linguagem que as pessoas constroem os preconceitos.
         Para que haja comunicação é preciso compartilhar e saber usar uma linguagem. Se esta não é clara para o receptor, este tem de dialogar com o emissor para que possa entender o que ele queria dizer. Se fazendo então, interlocutores.
        A escola é uma instituição que educa, onde se faz um espaço de participação, interlocução, compartilhamento, disputa e negociação de significados que provocam transformações na vida de cada um dos que a frequentam.
        A partir da linguagem, as pessoas tornam-se humanos se educando e sendo educados.
Pratiques
Na escola em que você trabalha existem alunos com necessidades educativas especiais? Veja se consegue identificar suas necessidades e, depois, procure observar como elas se comunicam com as outras crianças e com os professores, para ver que tipo linguagem usam, conforme a necessidade. Procure perceber como as diferenças, quando se relacionam, promovem a igualdade de direitos entre elas.
Com essa atividade é importante que você possa compreender que existem diferentes linguagens e que, na escola, onde existem pessoas diferentes, é preciso que todos possam se comunicar, com linguagens adequadas, na educação da humanidade. Além disso, a atividade é um exercício de observação sobre o comportamento de grupos específicos na escola, o que pode ajudá-lo em outros momentos, e de reflexão sobre as diferenças e a igualdade na escola. Como resultado, você deve descrever as diferentes necessidades especiais dos alunos que frequentam a escola e indicar como cada uma delas se comunica com os outros, dizendo que tipo de linguagem usa. Não deixe de consultar pessoas, livros ou outras fontes que possam ajudá-lo na descrição.
        Há uma aluna chamada Michele, que estuda na 4ª série, ela é portadora de necessidades especiais e tem dificuldades em acompanhar os demais colegas.
        Ela é muito tímida e dificilmente se comunica, é observadora e retraída.
        A linguagem que ela usa é mesmo a oral, mesmo dificilmente ela conversa com os alunos e também com os professores.
Você compreendeu o conceito de simbolização e como construímos um mundo simbólico? Então, faça isso: observe o recreio. Depois, procure conversar com alguém (um colega de trabalho, talvez) tentando dizer em palavras ou desenhos o que você observou e o que entendeu que acontece lá. Preste atenção se seu colega concorda com você. Preste atenção, sobretudo, em como você pode ficar sabendo se o seu colega concorda ou não com você. Qual o papel da linguagem e da simbolização nessa relação entre vocês?       
Com esta atividade espero que você consiga compreender com maior nitidez a relação entre o que acontece e o que se diz, na construção da realidade. Com a atividade, você poderá fazer mais uma experiência de observação e descrição, agora enriquecida pelo diálogo com outro observador.
O resultado desta atividade deve ser o registro por escrito ou em outra linguagem, das conclusões do estudante sobre suas observações e diálogo com o colega, de modo a que fique explícita a compreensão da simbolização como expressão da percepção e como representação de um acontecimento, isto é, de modo que fique claro que o que se diz não é o mesmo que acontece.
        Sim compreendi.
         Na hora do recreio as crianças se soltam e criam diversas brincadeiras, como: pega-pega, pular corda, elástico, amarelinha, etc. É nessa hora que eles interagem com outros colegas, aproveitam também para conversar e contar as novidades.
        Conversei com a colega Eurides que concorda com o que eu disse e ainda diz que o recreio é a forma mais atrativa que os alunos encontram para gastar as energias.
        A linguagem usada no nosso diálogo foi através de gestos e de palavras. Ela teve um papel fundamental ajudando a descrever como é o recreio dos alunos.
Entreviste alguns professores e funcionários da escola em que você trabalha (pode ser uns 7) e pergunte: o que significam minhas atividades na escola para educação dos alunos? Anote as respostas. Depois, compare-as entre elas e com o significado que você mesmo dá a suas atividades de trabalho. Por fim, com base na comparação, tente responder às seguintes perguntas: 1) os significados são os mesmos para todos que você entrevistou? 2) nas respostas há alguma coisa diferente sobre suas atividades que você ainda não tinha se dado conta, no que diz respeito ao seu caráter educativo? 3) você entende que, a partir do que ficou sabendo dos seus colegas de escola, suas atividades podem ter um significado diferente do que você dava a elas? O resultado desta atividade deverá ser um relatório descrevendo e comparando as respostas de pelo menos 7 pessoas (entre professores e colegas) que trabalham na escola sobre o significado do seu trabalho para a educação dos alunos, seguido de uma reflexão crítica sobre as respostas obtidas, com vistas a construir um novo significado, se for o caso.
        Professor Roberto Pinheiro de Jesus: Significam um exemplo educativo na atividade que exerce em forma de respeito pela atuação direta com os alunos, de maneira afetiva, mostrando a todos como se comportar em um espaço com grande aglomerado de pessoas mantendo limpo e com boa qualidade respeitando a todos com seus direitos e deveres.
        Merendeira Luzirene Araújo: Significa muito, pois passa para eles o quanto você contribui com o ambiente limpo e agradável para ajudar a melhorar o lugar onde eles estudam.
        Merendeira Eurides de Almeida Dorta Noleto: O trabalho de apoio na limpeza é muito importante no ambiente escolar. Por isso, as zeladoras precisam da contribuição dos alunos e demais funcionários para que o espaço escolar fique sempre limpo e agradável.
        Professora Eliete Aguiar Alves: Significa que se o ambiente está bem, o aluno se sentirá bem e aprenderá mais se relacionando bem com todos.
        Professor Denilton Cruz Ferreira: Todas as pessoas que trabalham em uma instituição escolar, não importa a posição que ocupa, é um educador, serve de exemplo e respeito para o educando.
        Professora Darilene Dias Cruz Ferreira: A função de técnico em infra-estrutura significa para a educação dos alunos a sensibilização de como manter o ambiente agradável, pois higienizar não basta só limpar constantemente e sim manter o ambiente limpo.
        Professora Carmita Pereira de Oliveira: Significa tudo porque sem a limpeza não podemos trabalhar e os alunos não se sentem bem, pois limpeza é alegria, conforto, bem estar e aconchego. Sua atividade é a principal na escola, sem ela os alunos não se sentem bem.
        Professora Vívian Dias Pereira: A importância do facilitar a transmissão do ensino aprendizagem entre educando e educador.
        Comparando as respostas dos entrevistados com o significado que dou sobre as atividades que realizo na escola, percebo que meu trabalho apesar de não ser valorizado pela sociedade os demais colegas o valoriza. Sendo que o trabalho que faço é muito importante e necessário para a escola. Com meu trabalho também estou educando e contribuindo para a educação de muitas crianças.
UNIDADE 3 – DEVIR HUMANO, TRABALHO E EDUCAÇÃO
Reflexão
        Esta unidade aborda o trabalho, que é uma prática cultural onde homens e mulheres transformam as forças materiais em simbólicas do mundo.
        A origem da palavra trabalho tem a ver com sacrifício, dor e sofrimento. Antigamente ele era símbolo de exclusão social: uns trabalhavam para a sobrevivência de todos. A partir do Renascimento e com a modernidade, o trabalho ganhou outro significado e outro valor, sendo considerado uma força de criação como meio de intervenção humana para modificar a natureza. E não mais como sofrimento e castigo.
         Com a modernidade, o trabalho passou a ser valorizado como prática cultural pela qual o homem deixa de se sentir submetido às forças da natureza, passando a ter liberdade fazendo sua própria história pelo trabalho.
        Homens e mulheres mudaram suas condições de trabalho, desenvolvendo instrumentos e formas de trabalhar e produzir as condições de sobrevivência e de uma vida melhor.
        A criação e produção dos equipamentos acontecem graças à técnica e à tecnologia de homens e mulheres que aprenderam a produzir e a usar o conhecimento, produzindo assim os equipamentos, outros equipamentos e novos equipamentos.
        Existe uma divisão do trabalho: o manual e o intelectual. Essa divisão favorece a hierarquização na sociedade, levando a crer que o trabalho manual é desvalorizado, ficando para as pessoas que sabem menos e o trabalho intelectual é valorizado feito por quem sabe mais. Assim, manda quem sabe mais e obedece quem sabe menos.
        Com a Revolução Industrial, o passa a ser uma função social e o trabalhador já não trabalha mais, passa simplesmente a cumprir uma função que ele desconhece, não tem consciência do seu fim. Essa consciência é chamada de alienação.
Pratiques
Liste e descreva cada um dos tipos de trabalho realizados na escola, procurando ver se há alguma hierarquia entre eles e com base em que essa hierarquia é estabelecida. Atente às diferenças entre trabalho manual e trabalho intelectual caso perceba relações hierárquicas.
Com esta atividade espero que você consiga identificar a diferença entre as atividades realizadas na escola e como são as relações entre elas. O resultado da atividade deverá ser a elaboração de uma lista completa dos trabalhos realizados na escola (aulas, merenda, secretaria, direção etc.), com a descrição de cada um, para que você possa concluir acerca das relações hierárquicas e das bases pelas quais a hierarquia se sustenta. Esteja atento, especialmente, à diferenciação e relações entre trabalho manual e trabalho intelectual na escola.
Diretor: gestão escolar
Coordenadores: trata da parte pedagógica escolar
Professores: cuida do aprendizado dos alunos
Técnicos Administrativos: atualiza a vida escolar dos alunos e funcionários
Merendeiras: Prepara a alimentação dos alunos
Vigias: cuida da segurança do patrimônio escolar
Faxineiras: cuida da limpeza do ambiente escolar
Motoristas: transporta os alunos para a escola
        A hierarquia existe com base na formação de cada um.
Convide alguns alunos para passar meia hora junto com você no seu espaço de trabalho (na cozinha, no pátio, no banheiro, na secretaria) e procure explicar a eles o que você faz, por que e para que está fazendo. Diga a eles, também, qual a relação e a importância do seu trabalho na educação deles. E, é claro, deixe-os perguntar e dizer o que pensam também. Depois, relate a experiência por escrito, compare-a com os resultados do último Pratique da unidade 2, sobre o significado do seu trabalho, para professores e funcionários da escola.
Com esta atividade gostaria que você pudesse aproveitar os resultados do último Pratique da unidade 2, para construir, junto com os alunos, um sentido educativo para o seu trabalho na escola. A ideia é que, depois de ter conversado com professores, funcionários e alunos, você possa tomar consciência de como o trabalho é significado na comunidade escolar e qual o sentido dele na construção da humanidade de homens e mulheres. É um exercício de narração, de observação, de descrição e diálogo, que deve ter como resultado uma dissertação, na qual você deve contar a conversa com os alunos, seguida de uma comparação com o significado educativo do seu trabalho construído na unidade 2, para ver se houve alguma evolução que possa orientar transformações práticas na sua rotina.
        Levei alguns alunos para o pátio da escola e disse a eles a importância do meu trabalho na educação deles, tentando transmitir ao conhecimento deles a importância de manter o ambiente escolar limpo fazendo com que entendam que para ter um ambiente limpo e organizado é necessário que todos se preocupem em mantê-lo assim. 
        Explicando a eles que nós funcionários também fazemos parte do processo educativo. Somos importantes na vida do aluno, apesar de não termos muita consciência desse papel.
        Eles falaram que ficam felizes quando nos solicitam e são bem atendidos.
         É importante estarmos sempre prontos a servi-los e ajudá-los, dando sempre bons exemplos e os estimulando a sonharem e acreditarem que são capazes de ter um futuro promissor.
        Foi uma experiência muito favorável, onde descobri que meu trabalho também é importante para a vida escolar dos alunos.
UNIDADE 4 – DEVIR HUMANO, VALORES E EDUCAÇÃO
Reflexão
        Esta unidade afirma que o elemento central do devir humano, a educação, de uns tempos para cá vem sido valorizada como mercadoria.
        Aprendemos sobre o conceito de valores. Através deles fazemos escolhas, tomamos decisões, decidimos as preferências.
        Os valores são resultados daquilo que dizemos de outras pessoas conforme a nossa relação com elas, aceitando ou rejeitando-as, mas nunca ficando indiferentes.
        Com eles expressamos os valores estéticos, morais e políticos.
        Nas relações sociais, homens e mulheres são educados ao se relacionarem com outros homens e mulheres.
        A valoração ética é a valoração da moral, que vem do comportamento considerado correto para a vida social. As pessoas se tornam morais ou éticos na educação. A atitude ética é muito importante na educação, no devir humano.
        A unidade ainda nos faz um alerta, para que não confundamos Governo e Estado. O primeiro é um grupo de pessoas que ocupa o comando do Estado com um programa de políticas públicas para a construção da cidadania. O segundo é um conjunto de instituições.
        O Estado, o poder e os direitos são elementos do devir humano.
        O Estado é público. E a educação escolar é um direito de todos os cidadãos.
Pratiques
Você sabe o que é política de educação inclusiva? Procure se informar na sua escola com os diretores, colegas e professores. Depois procure saber, observando as práticas educativas, como e em que condições essas políticas acontecem na escola. E não se esqueça de anotar suas observações e reflexões, considerando a sua participação nessas práticas.
Nesta atividade será importante que você possa tomar pé do que é política de educação inclusiva. Para isso, converse com os colegas da escola e pesquise em outras fontes. Tão importante quanto saber o que é a educação inclusiva é saber se na escola em que trabalha existe uma política de educação inclusiva e quais são os valores (estéticos, éticos, políticos) que a orientam. É um exercício de entrevista, observação e descrição da realidade escolar quanto a este tema específico.
        A educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. É uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos. É uma abordagem humanística e democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.
        Acredito que as pessoas devem socializar com as outras, descobrindo que apesar de serem diferentes, também são capazes de transformar o mundo.
        Na escola onde trabalho existe uma política da educação inclusiva, apesar de ter poucas pessoas com necessidades especiais. Elas se comunicam e interagem com as demais pessoas do ambiente escolar.
Com base no que investigou até aqui acerca do devir humano, você entende que o trabalho e a cidadania são os principais valores para escolher uma educação possível e desejável? Ser cidadão e ser trabalhador é o mesmo que ser humano? Como você poderia contribuir para construir na escola uma educação orientada para o trabalho, para a cidadania e para a humanidade? Não deixe de considerar o que já pensou sobre o trabalho e a cidadania!
Esta atividade quer provocá-lo a refletir sobre o valor do seu trabalho na escola e sobre os valores fundamentais que podem orientar a educação escolar. É importante que você desenvolva essa reflexão com base nas noções estudadas ao longo do módulo. Então, o resultado da atividade deve ser uma redação na qual você explicite os conceitos de trabalho e de cidadania, bem como o de humanidade e, com base neles, avalie ou valore as relações entre trabalho, cidadania e humanidade como fins da educação básica. Na avaliação, considere os aspectos estéticos, éticos e políticos da educação.
        O trabalho e a cidadania são sim os principais valores que sugerem uma educação desejada. Ser humano é o mesmo que ser cidadão e ser trabalhador.
        Posso contribuir para a construção de uma educação na escola orientada para o trabalho, para a humanidade e para a cidadania, me tornando também responsável pela educação das crianças, ensinando os valores estéticos, morais e políticos.
        Meu trabalho é muito importante, pois é necessário para as atividades realizadas na escola.
UNIDADE 5- DEVIR HUMANO, ESCOLA E EDUCAÇÃO
Reflexão
        Esta unidade traz o contexto da aprendizagem dentro da escola. Sendo que a educação escolar é diferente da educação fora da escola. Mas nos educamos dentro e fora dela, levando para dentro o que aprendemos fora e vice-versa.
        A escola participa do devir humano. É nela que as experiências vivenciadas são planejadas, com o objetivo de educar trabalhadores e cidadãos.
        É na escola que homens e mulheres vivenciam o mundo próprio, juntos através do diálogo podem criar outros mundos possíveis.
        Podemos ensinar valores na escola utilizando e aproveitando os espaços onde existe interação entre pessoas que possam expressar suas experiências, valores, costumes, modo de ser, enfim, suas diferenças. Assim, todos se educam, ensinando e aprendendo com os outros, o que sabem através do diálogo. Acontecendo assim o devir humano.
        Os saberes da vida fora da escola podem ser problematizados dentro dela, para que todos coletivamente possam construir os conhecimentos precisos para conviver com as diferenças da comunidade relacionada com a escola.
        Na escola todos se educam e são educados. Todos têm responsabilidade pelo que fazem em relação à humanidade.
Pratiques
Tome um grupo de 5 alunos da escola em que você trabalha. Pergunte a eles sobre suas aspirações e desejos para o futuro, isto é, pergunte a eles “o que querem ser quando crescerem”. Analise com eles se o que desejam para a própria vida tem a ver com o que experimentam e aprendem na escola ou se tem a ver com as experiências e aprendizados de fora da escola. Procure interpretar, também, as relações entre trabalho e devir humano no pensamento das crianças, analisando os seus desejos para o futuro.
Com essa atividade você poderá entender um pouco melhor o que os alunos querem para o futuro deles e poderá identificar suas fontes de inspiração: se estão na escola ou fora da escola. Além disso, poderá saber se o que leva os alunos à escola são suas aspirações por construírem sua humanidade ou se esperam poder trabalhar apenas. Sabendo o que os alunos querem e o valor que dão à escola, você terá elementos importantes para planejar suas atividades de modo a contribuir com a escola para que seja revalorizada pelos alunos. A atividade é um exercício de descrição, análise e interpretação de um aspecto da realidade dos alunos e da realidade escolar, cujo resultado deverá ser um relato da conversa, com conclusões sobre o problema colocado.
         De acordo com as aspirações e desejos para o futuro, os entrevistados, conforme o que aprendem na escola eles querem ser:
        Ludimila Araújo: veterinária
        Kaíque Eduardo: veterinário
        Joyce Christinne: enfermeira
        Joesley Christiann: médico
        Ester Késia: veterinária
         As suas fontes de inspiração estão dentro da escola, pretendendo assim construir sua humanidade, não apenas só por trabalhar, mas por ter um país com pessoas dignas do seu trabalho, capazes de construir um mundo mais humano.
        Desenvolvi esta atividade junto com a colega Eurides.
Procure responder às seguintes perguntas, levando em conta o que estudou neste caderno: que contribuições você pode dar à educação escolar?
Com esta atividade espero que você possa fazer uma crítica das suas atividades, olhando-as do ponto de vista do educador. Essa crítica pode ajudá-lo a perceber se é preciso mudar alguma coisa ou se tudo está bem como está. O resultado da atividade deve ser uma dissertação na qual você analisa criticamente suas experiências e reflete sobre como poderia ajudar a transformar a escola, sua vida e a de outras pessoas no sentido do devir humano. Um exercício para futura participação no planejamento pedagógico da escola.
        Meu trabalho é muito importante porque sem um ambiente limpo e agradável fica difícil ter um bom funcionamento da escola. Também contribui para que os alunos aprendam mais. Considerando isso, acredito que posso contribuir na educação escolar, ensinando os alunos a manterem o ambiente limpo e agradável, mantendo os bens da escola em bom estado, conservados e limpos. Conscientizando-os a não destruírem o patrimônio escolar.
        Acredito que posso ajudar a arborizar ao redor da escola, plantar algumas plantas no pátio, fazer uma horta para ajudar na merenda escolar das crianças, etc. Dar uma cara nova para a escola. Muita coisa ainda pode ser feita.
       
2.                  CONSIDERAÇÕES FINAIS

        Ao concluir os estudos e atividades deste caderno 3, compreendi que o devenir é a transformação, a mudança.
        A humanidade é uma construção cultural onde homens e mulheres através da educação que recebem, se fazem, sentem-se e chamam-se humanos.
        A partir das novas tecnologias, homens e mulheres vão transformando o mundo e consequentemente a vida, transformando a humanidade.
        Fiz uma reflexão dos valores na construção da humanidade, compreendendo-os e sabendo os tipos existentes.
        Os valores estéticos, éticos e políticos podem ser construídos e desconstruídos na escola. Dentro dela podemos ensiná-los utilizando e aproveitando os espaços onde existe interação entre pessoas que expressam suas experiências, valores, costumes, modo de ser, enfim, suas diferenças. Assim, ensinando e aprendendo com os outros.
        As práticas escolares dão uma contribuição específica ao devir humano de cada pessoa. Além disso, podemos estabelecer outras práticas educativas na escola, dando outro valor para as que já existem.

3.                  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Profissional e tecnológica. Homem, pensamento e cultura: abordagem filosófica e antropológica: formação técnica/Dante Bessa, -4.ed. atualizada e revisada – Cuiabá: Universidade Federal de Mato Grosso/ Rede e-Tec Brasil, 2012


SITES VISITADOS:


PESSOAS ENTREVISTADAS:
Carmita Pereira de Oliveira
Darilene Dias Cruz Ferreira
Denilton Cruz Ferreira
Eliete Aguiar Alves
Estér Késia Cruz Ferreira
Eurides de Almeida Dorta Noleto
Joesley Christiann Pereira Montel
Joyce Christinne Pereira Montel
Kaíque Eduardo
Ludimila Araújo
Luzirene Araújo
Roberto Pinheiro de Jesus
Vívian Dias Pereira

3 comentários:

  1. Muito bom o seu trabalho já o havia consultado antes e hoje estou consultando novamente para fazer a revisão do meu memorial. está sendo de grande valia, obrigada.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. É de grande valor esse trabalho tão bem pesquisado e feito por vocês , estou aqui fazendo o mesmo trabalho e este está sendo de grande utilidade ,uma vez que achei o tema bem complicado e agora compreendo facilmente,obrigada.

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