quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Memorial do caderno 10 Teorias do espaço educativo

Memorial do Módulo Teorias do espaço educativo


A introdução deste módulo aborda o que é espaço, meio ambiente, espaço escolar e cidade educadora. Sendo que esta última tem levado em consideração o movimento pela implantação das escolas em tempo integral para enriquecer a integralidade do espaço educativo.

Na primeira unidade tratamos do que é o espaço, onde há várias explicações. O conceito de espaço é bem amplo, onde alguns filósofos se divergem nas ideias, como René Descartes, Immanuel Kant e Jean Piaget, citados no caderno.

Estudamos sobre planta-baixa, que é o desenho feito da obra a ser construída. Onde aprendemos a fazê-la. Onde eu e a colega Mellyssa fizemos a planta-baixa do prédio da nossa nova escola que está sendo construída.

De acordo com o pratique da página 55, eu e os colegas “Eurides, Gledson e Mellyssa” fizemos a maquete da Escola Estadual do Campo Roberval Costa Reis onde atuo como profissional, como PPS e como parte do nosso projeto de “Educação Ambiental” que estamos desenvolvendo na escola.

A partir da leitura da segunda unidade pude analisar que os espaços escolares não são como antigamente, que se limitavam apenas à sala de aula. Pude relembrar momentos de quando estudava e notei que conforme o tempo vai passando a educação vai se transformando.

Ao fazer o pratique da página 64, entrevistei a professora e minha mãe Carmita Pereira de Oliveira, que disse que quando estudava, as escolas eram feitas de palha, piso de chão, mesa e banco de tábua, as paredes eram de pau a pique ou adobes e todos os alunos da vizinhança ficavam na escola a semana toda. A recreação era na frente da escola, num terreiro enorme, bem limpo, onde na época só jogávamos queimada. Para a merenda só tinha leite em pó e sua mãe (nesse caso, minha avó) era voluntária de prepara-la. Apesar de ser difícil era muito bom.

Estudamos sobre o papel do arquiteto escolar, que vai desde o planejamento até à construção do edifício.

Na unidade 3 estudamos as relações entre a arquitetura e a pedagogia. Onde o sociólogo da educação Brasil Bernstein vê a escola como uma agência social onde acontece o processo de comunicação entre os principais agentes escolares: os transmissores (professores) e os adquirentes (alunos). Segundo ele, o espaço da escola, tem relação direta com a maneira como as práticas pedagógicas são realizadas. Em comum acordo com ele, acredito que hoje em dia os professores e alunos utilizam todo o espaço escolar para as atividades pedagógicas, sendo que antigamente a escola se limitava apenas à sala de aula.

Os educadores sociólogos Maria Montessori, Basil Bernstein e Paulo Freire consideram o meio ambiente e, sobretudo, o espaço escolar construído, como lugares e meios de comunicação.

Em acordo com eles penso que o espaço escolar é onde acontece o interagir entre pessoas diversas, de diferentes classes sociais, religiões, cor e raça, etc.

Paulo Freire afirma que a escola precisa ser um espaço organizador dos múltiplos espaços de formação, desempenhando uma função mais formativa e menos informativa. Precisa se tornar um ciclo de cultura, muito mais gestora do conhecimento social do que lecionadora.

A pedagogia Waldorf, criada pelo educador croata (Rudolf Steiner) procura proporcionar o contato direto do aluno com a natureza, para envolver a ação pedagógica no clima e no meio ambiente. Associando escola, aprendizagem e natureza.

A história do edifício escolar ajuda-nos a compreender as mudanças que ocorrem na educação e na arquitetura da escola, resgatando as memórias do lugar.

Na arquitetura dos prédios escolares no período Renascentista, era valorizada a fachada principal. Na idade média a arquitetura era completamente diferente da grega, romana e renascentista. Passou a ser chamada de arquitetura gótica, a qual buscava uma edificação idealizada, onde exploravam o impacto que a grandiosidade do edifício causaria nas pessoas, a beleza do seu interior, seus componentes construtivos.

Outros estilos arquitetônicos sucederam ao gótico, como o barroco, muito importante para a cultura brasileira em relação às construções escolares.

Como estudamos no caderno 2, com a chegada dos jesuítas em 1549, outras ordens religiosas também vieram. Entre padres, arquitetos e pedreiros que conheciam a arquitetura europeia. Os jesuítas construíram prédios para serem colégios, dando início ao edifício escolar exclusivo para atividades educativas.

A partir da leitura da quarta unidade que aborda as práticas de manutenção das instalações físicas da escola, pude compreender melhor a diferença entre manutenção (serviço de pequenos reparos) e conservação (arrumação do ambiente).

Infelizmente muitos professores não percebem que o trabalho dos funcionários contribui para o processo educativo escolar.

Durante a semana de conclusão do estudo da disciplina percebi que o som mais perturbador das atividades escolares é na hora da recreação, onde as crianças só brincam gritando. O pátio é próximo às salas de aula ocasionando às vezes alguns constrangimentos.

O lixo se torna outro agente perturbador do ambiente escolar. Para amenizar esse problema estamos desenvolvendo várias oficinas de reciclagem com os alunos reaproveitando os materiais utilizados pela escola. Contribuindo assim para a diminuição do lixo no ambiente escolar.

Ao concluir o estudo da disciplina teorias do espaço educativo, aprendi algumas noções do espaço escolar, percebendo que este espaço pode ser bem amplo, desde a sala de aula ao pátio escolar.

Conscientizei-me que o meu papel e minhas atividades no plano profissional vão bem além do que varrer uma sala de aula. Que posso contribuir muito com a formação educacional dos alunos. Percebendo que a minha prática tem muito a ver com este espaço.